Um céu de oportunidades
A periferia das grandes cidades, não representa apenas um lugar de exclusão social, ela também abriga (de maneira sútil e criminosa) uma falta de oportunidades latente e dilacerante no olhar perdido de crianças e jovens que anseiam (de forma instintiva) um horizonte libertador. Um horizonte que o liberte dessas amarras que nosso sistema opressor impõe sob cada vida que se ergue, dilacerando vorazmente sua dignidade e não se constrangendo em violar cada necessidade, por mais básica que seja.
Diante desse cenário nada novo, principalmente para quem o vive, o Centro Educacional Unificado (CEU) insere-se nesse contexto, como é o caso do CEU Rosa da China, e de tantos outros espalhados pela cidade de São Paulo. Um espaço múltiplo de educação,cultura e lazer, que não pode se eximir de tal responsabilidade social. Se trata de um equipamento público para usufruto da comunidade, um espaço de oportunidades.
Se o CEU não for aproveitado em todas as suas potencialidades, é como exibir um banquete de guloseimas para crianças famintas separados por uma grade de ferro. Ou então, ter um céu de oportunidades à sua frente mas não possuir asas para navegá-lo.
É preciso urgentemente resgatar os ideais percursores dos CEUs, e transformá-los num céu de oportunidades sob a ótica de olhares marginalizados.
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